Política de desvalorização dos benefícios dos aposentados está na mira do Sintapi-CUT
Resultado de reajustes sem ganhos reais observados no Brasil desde 2002, o achatamento dos benefícios dos aposentados e pensionistas que ganham mais do que um salário mínimo é uma das principais pautas na agenda 2015 do Sintapi-CUT.
Essa situação de depreciação se manteve com a publicação no Diário Oficial da União, hoje, do novo índice de reajuste. Os quase 9 milhões de aposentados e pensionistas que recebem mais do que um salário mínimo terão correção de apenas 6,23%. Tal índice está abaixo da inflação oficial de 6,41% e é bem inferior aos 8,88% dados àqueles que recebem um salário mínimo.
“Com isso, a cada ano, cerca de 600 mil aposentados e pensionistas que ganham um pouco acima de um salário mínimo têm seus benefícios rebaixados para um salário. Não trabalhamos a vida inteira para sermos cidadãos de terceira classe, que vão baixando o benefício até chegar no piso”, afirma Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, presidente do Sintapi-CUT (Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos), da CUT.
O dirigente enfatiza ser urgente retomar as negociações com o governo. “São 13 anos de perdas. O reajuste não pode ser na ‘canetada’, sem conversar com os aposentados e pensionistas. Faz tempo que estamos esperando uma discussão com o governo”, prossegue Luizão.