Assistência a idoso carente tem o primeiro recuo da história
As maldades do governo Jair Bolsonaro já começam a refletir na vida de quem mais precisa.
Pela primeira vez na história, o BPC (Benefício de Prestação Continuada) registrou queda no número de idosos atendidos.
Criado em 1996, o auxílio tem valor de um salário mínimo (hoje, R$ 998) e é pago a deficientes e a idosos mais pobres. Para ter direito, a renda familiar per capita precisa ser inferior a um quarto do salário mínimo.
A cobertura em setembro —último dado disponível— foi de 2,023 milhões de idosos, mesmo patamar de 2017, quando 2,022 milhões de beneficiários foram atendidos. Em 2018, eram 2,049 milhões.
Oficialmente, o Ministério da Cidadania alega que a causa do recuo foram as ações para identificar possíveis irregularidades na assistência.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, apenas 5.600 benefícios assistenciais a idosos foram cancelados no ano. Em média, cerca de 20 mil pessoas pedem todos os meses para serem inseridas na folha de pagamentos do benefício para idosos.
Técnicos do governo reconhecem que a principal razão para a queda histórica da cobertura do BPC é outra. Mais de 150 mil pedidos nem sequer começaram a ser analisados pelo INSS.