Fim do fator não pode mais esperar
Regra em vigor há quase 16 anos, o fator previdenciário reduz em até 45% o valor das aposentadorias e prejudica, principalmente, o trabalhador que começou a trabalhar cedo. O fim imediato desse mecanismo é uma das principais bandeiras de luta do Sintapi-CUT. “O fim do fator previdenciário é uma questão de honra tanto para os trabalhadores em vias de conseguir a tão sonhada aposentadoria, quanto para os aposentados que têm que conviver com pesadas perdas em seus benefícios”, afirma Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, presidente do Sintapi-CUT.
A flexibilização do fim do fator aprovada pelo Congresso, em maio, não representa a situação ideal para os trabalhadores, mas constitui alternativa viável. Pela regra aprovada, as mulheres poderão se aposentar recebendo o valor integral de seus salários – obedecido o teto de R$ 4.663,75 da Previdência Social – quando a idade e o tempo de contribuição somarem 85 anos. Os homens terão o mesmo direito quando a soma for equivalente a 95 anos. Assim, uma mulher com 55 anos, que tenha alcançado os 30 anos de contribuição, poderá requerer a aposentadoria integral. Atualmente, ela precisa ter pelo menos 60 anos de idade e o homem 65 anos e trabalhar 35 anos.
Resta agora, que a presidente Dilma Rousseff sancione a lei que põe fim a esse redutor que há tantos anos penaliza o trabalhador que contribuiu por tantos anos com o Brasil.