Pelo protagonismo e empoderamento dos idosos
O Brasil caminha para se tornar uma nação majoritariamente idosa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo de idosos de 60 anos ou mais será maior que o grupo de crianças com até 14 anos já em 2030 e, em 2055, a participação de idosos na população total será maior que a de crianças e jovens com até 29 anos, representando 22% da população mundial. Serão 70 milhões de brasileiros com mais de 60 anos. Esses números confirmam a necessidade de sensibilizar as instituições, a sociedade e os próprios idosos sobre a importância da sua participação ativa no meio social. “Precisamos romper com os preconceitos de que o idoso é inativo ou incapaz”, disse presidente do Sintapi-CUT, Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, na abertura da Conferência da Pessoa Idosa realizada entre os dias 28 e 30 de setembro, na cidade de Águas de Lindóia.
Falando sobre o tema “Protagonismo e Empoderamento da Pessoa Idosa -Por um Brasil de Todas as Idades”, Luizão destacou que a pessoa idosa precisa ocupar o espaço dela na sociedade. “A sociedade finge que não vê o idoso. Cria-se uma parede de invisibilidade. Só que a pessoa idosa pode e deve fazer tudo o que quiser: sexo, exercício físico, viajar, namorar...”
Luizão cita como exemplo o empoderamento dos idosos na Itália, país onde 23% da população têm mais de 60 anos. “Precisamos ter consciência da nossa força e seguir o exemplo da Itália, onde os idosos e aposentados organizaram o maior sindicato do mundo, com mais de 15 milhões de associados. A força deles é tão grande que o governo não toma nenhuma decisão sem antes sentar com eles.”