Sob pressão, governo garante antecipação de 13º

A pressão dos aposentados do INSS para receber a primeira parcela do 13º antecipada ano surtiu efeito. No início do mês, o Ministério da Fazenda confirmou ontem que o governo interino do presidente Michel Temer não fez o provisionamento dos recursos para pagar a primeira parte na folha de agosto como ocorre há dez anos. Segundo a Fazenda, a liberação do pagamento dependia de uma publicação de decreto presidencial, que não estava prevista.  Mas graças a mobilização de aposentados, pensionistas e idosos, o governo  voltou atrás e garantiu o benefício. “O discurso é de que não havia dinheiro, mas não podemos pagar essa conta. Retirar um benefício que conquistamos há 10 anos é um desrespeito com aqueles que contribuíram com o crescimento do país e já programaram suas contas com a antecipação do benefício”, afirma Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, presidente do Sintapi-CUT.

Dirigentes das entidades representativas dos aposentados, pensionistas e idosos entregaram um documento cobrando posição do governo durante reunião do Conselho Nacional da Previdência e ameaçaram recorrer ao STF caso a decisão fosse mantida. Esse posicionamento foi fundamental para que o governo voltasse atrás e confirmasse que o adiantamento da primeira parcela do 13º aos aposentados e demais beneficiários do INSS estava mantido. Em nota, o Ministério da Fazenda informou que “não houve mudança no cronograma do pagamento do 13º dos aposentados em duas parcelas”.