Cada vez mais idosos tomam remédios que afetam o cérebro

O número de idosos  que tomam ao menos três medicamentos que afetam o cérebro mais do que dobrou em uma década, segundo um estudo publicado pela revista médica americana "Journal of the American Medical Association (JAMA) Internal Medicine".Os remédios prescritos são uma combinação de opiáceos, antidepressivos, tranquilizantes e antipsicóticos. Esta combinação, que age sobre o sistema nervoso central, é "preocupante" devido ao risco que implica para os idosos. Além das quedas e dos ferimentos que esta prática provoca, os autores mencionam também os riscos quando essas pessoas estão ao volante, as perdas de memória e outros problemas cognitivos.Os pesquisadores descobriram que em 2004, 0,6% dos pacientes com mais de 65 anos recebiam prescrições de três ou mais medicamentos que afetam o sistema nervoso central, e que em 2013 esse número subiu para 1,4%. O estudo revelou, ainda, que cerca da metade das pessoas com mais de 65 anos que tomam esses coquetéis de medicamentos não parecem ter sido diagnosticadas anteriormente com problemas de saúde mental, insônia ou dor crônica.