Dançar é melhor para cérebro de idosos que exercícios
Dançar, além de divertido, pode trazer mais benefícios para a saúde do cérebro de idosos do que exercícios básicos, segundo estudo feito com homens e mulheres saudáveis com idade média de 68 anos, na cidade de Magdeburg, na Alemanha, e publicado recentemente no periódico científico de acesso aberto “Frontiers in Human Neuroscience”.No experimento, os voluntários foram divididos em dois grupos: um se submeteu a um treinamento de resistência com exercícios aeróbicos, como pedalar em bicicletas ergométricas e a chamada caminhada nórdica, que une o uso de batões semelhantes ao de esqui; enquanto o outro se dedicou a aulas de dança demandantes tanto do ponto de vista físico quanto mental, tendo que frequentemente aprender novas coreografias em ritmos como mambo, jazz e danças folclóricas. Ambas práticas tinham duração de 90 minutos, a princípio duas vezes por semana e depois semanalmente.Embora os dois grupos tenham apresentado aumento no volume geral do hipocampo - que “encolhe” com a idade a uma taxa de 2% a 3% por década que se acelera para 1% anual a partir dos 70 anos, e é uma das áreas atingidas por doenças neurodegenerativas como o mal de Alzheimer e outras demências -, apenas o grupo que fez as aulas de dança teve ganhos aparentes numa subárea chamada giro denteado, fundamental para os processos de formação de memória e reconhecimento espacial.