Idosos não precisam tomar muitos remédios

Idosos tendem a tomar mais remédios que um adulto comum. São os comprimidos para a pressão arterial, o controle do colesterol e os polivitamínicos que, comprovadamente ou não, visam melhorar a qualidade de vida. Quando se dão conta, os idosos se tornam as principais vítimas da polifarmácia, consumindo cinco ou mais remédios todos os dias – e os geriatras não aturam mais esse cenário.Nos idosos mais frágeis, qualquer medicamento administrado sem o real benefício pode interferir de maneira negativa com os demais. É preciso ter bastante certeza de que o medicamento que vamos prescrever tem o potencial de trazer benefícios. Do contrário, é apenas mais um custo que impacta na saúde e nas finanças daquela família”, explica Rodolfo Pedrão, médico geriatra do hospital VITA e do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR).No início de 2018, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em parceria com o movimento Choosing Wisely Brasil, que procura uma revisão nas práticas médicas de forma a racionalizar as prescrições e empoderar o paciente, desenvolveu uma lista com 10 novas recomendações aos médicos geriatras. Das 10, pelo menos seis sugerem novos olhares nas prescrições de medicamentos.Confira o que propõe as principais recomendações e como isso pode ajudar na manutenção da saúde do paciente idoso:- Não prescrever um novo medicamento sem antes realizar revisão dos medicamentos em uso

- Não prescrever polivitamínicos, reposição vitamínica ou hormonal em idosos assintomáticos

- Não prescrever bloqueadores da bomba de prótons de forma contínua para idosos 

- Não utilizar benzodiazepínicos ou anti-histamínicos para tratar insônia em idosos

- Não prescrever inibidores da acetilcolinesterase para tratar demência

Da Gazeta do Povo