Idosos representam 7,8% dos trabalhadores
Segundo o Ipea, o movimento reflete, em parte, o envelhecimento da população, mas também uma possível mudança de comportamento dos brasileiros nessa faixa etária.
No primeiro trimestre de 2012, 20% dos idosos ocupados que perderam sua colocação no mercado de trabalho decidiram migrar para a inatividade. Já em 2018, esse porcentual caiu para 16%.
O aumento da presença de trabalhadores mais idosos na força de trabalho foi acompanhado por uma elevação semelhante na ocupação. No primeiro trimestre de 2012, 28% dos desocupados com mais de 60 anos conseguiram uma colocação no mercado de trabalho, enquanto que esse porcentual foi de 23% em 2018. No entanto, a parcela de idosos que se manteve ocupada durante todo o trimestre aumentou de 80% em 2012 para 83% em 2018.
Na média dos últimos quatro trimestres, do segundo trimestre de 2017 ao primeiro trimestre deste ano, 46% dos trabalhadores ocupados com mais de 60 anos de idade moravam no Sudeste, 56% eram mulheres e 63% se declararam como chefes de família.
Apenas 27% deles estavam no mercado formal, enquanto outros 45% atuavam por conta própria. O comércio absorveu 17% desses trabalhadores, outros 15% estavam na agricultura e 10% atuavam no setor de serviços relacionados a educação e saúde.
Embora 67% deste contingente de trabalhadores tenham apenas o ensino fundamental incompleto, a proporção é inferior aos 71% registrados em 2012. Já a fatia de ocupados com mais de 60 anos com escolaridade média ou superior avançou de 20% em 2012 para 25% em 2018.