Reforma de Bolsonaro coloca 'na mira' 1,2 milhão de aposentados

Se aprovada, a proposta de reforma da Previdência nos termos em que foi apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro, impactará  diretamente aqueles que decidirem se aposentar e continuar trabalhando.

O texto prevê que as empresas deixem de recolher o FGTS para essa categoria de empregado. Segundo reportagem do Valor Econômico, no caso de rescisão contratual, cerca de 1,206 milhão de aposentados pelo INSS que continuarem trabalhando correm o risco de perder o benefício de receber 40% de multa paga pelo empregador ao Fundo.

As regras atuais consideram que funcionários incluídos nessa categoria ganham o mesmo tratamento dos demais quando o assunto é FGTS. Todo mês, há um novo depósito que correspondente a 8% do salário bruto. Se demitidos sem justa causa, também recebem a multa de 40% sobre o saldo de todos o período trabalhado na empresa.

Dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 5,2 milhões de aposentadores continuavam trabalhando em 2015.

O governo argumenta que o FGTS seria um fundo de proteção social do trabalhador em caso de desemprego. Como o trabalhador, nesse caso, já recebe a aposentadoria, ele não precisaria dessa proteção.

Do Yahoo Finanças